Thursday, April 28, 2011

Ametista fizera amizade com Paulinho, um rapaz bonzinho que trabalha na lanchonete do chinês, a afinidade dos dois era tão grande que ele parecia entender tudo o que ela queria dizer, ao chegarmos ele nos recebeu com um belo sorriso e disse:

 “A gatinha trouxe uma amiguinha hoje, vou servir um hambúrguer e um leite bem quentinho, mas vocês sejam breve, pois se o patrão me pegar alimentando vocês ele me pões na rua, ai vou ser mais um desempregado e sem teto também.”

 Ao terminar o café da manhã fizemos uma carinha de mimo ronronamos em sinal de agradecimento, Ametista se aproximou de Paulinho e com os olhos disse adeus, ele entendeu e desejou felicidades. Também desejei sorte a Ametista, pois faltavam poucas horas para encontrar seu protegido. Mais uma vez eu estava sozinha, caminhando pelas ruas em meio a uma multidão de pessoas que iam e vinham com muita pressa que quase atropelavam umas as outras, como eu era muito pequena, precisei ser astuta e ligeira para não ser pisoteada. Com os treinamentos que recebi antes de nascer e as aulas praticas da Senhora Gata, andar e atravessar as ruas parecia uma aventura, até ser abordada por duas senhoras que exclamavam:
 “Olha Joana, que gatinha linda!”
 “É mesmo Célia e é da cor que estamos procurando. Vamos levá-la pra casa.”
Eu fiquei muito feliz e me lembrei que passaria alguns dias na casa de uma senhora, antes de encontrar a mãe.
 A Joana me pegou no colo e começou a me acariciar, me aconcheguei e comecei a ronronar como os gatos fazem. Indo em direção ao carro, o diálogo entre as duas ficou muito sinistro e me deixou apavorada. Joana e Célia eram bruxas do mal e estavam me levando para me oferecer em oferendas à meia noite em um cemitério, com o objetivo de destruir uma família que elas invejavam muito, tentei fugir, mas era tarde fui colocada dentro de um saco, procurei me acalmar e pedir socorro ao meu protetor, conforme me orientou a Senhora Gata, de repente, senti um forte impacto  diante das duas e uma voz grave dizendo:
 “Eu sou Girus, o anjo da guarda da gatinha, se não soltá-la agora, vou transformá-las em porcas.”
Elas me colocaram no chão e sairão correndo. Girus me deu uma bronca por não olhar nos olhos delas e nem ouvido os corações, se assim tivesse feito, não teria me metido em encrencas...

Continua...

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