Monday, April 25, 2011

Os dias foram se passando, procurei ficar calma e tranqüila, já que pressa e ansiedade não resolve nada e ainda é a grande inimiga da perfeição. Eu e meus pequenos irmãos, só mamávamos e dormíamos, dia e noite, nós estamos seguros e protegidos, podíamos sentir o amor e carinho da nossa mãe biológica, que chamávamos de senhora gata, ela cuidava de nós com muito zelo.
Assim fui crescendo e ficando forte, sempre tendo sonhos e lembranças da minha vida anterior, a lembrança mais clara é que eu era uma guardiã e precisava encontrar minha mãe. Certa manhã ensolarada acordei e percebi que meus olhos estavam se abrindo e aos poucos fui visualizando ao redor, descobri que estava em uma praça e me abrigava dentro do tronco de uma árvore oca, não era nenhum castelo, mas era quentinho e confortável.
Senti  vontade de sair correndo, mas mal ficava em pé, as palavras da Deusa Rubi soava como músicas no meu ouvido. Lembrei-me do mapa que mostrava o caminho para a casa da mamãe, na teoria parecia fácil, mas na prática era muito complicado.
Outro pensamento começou  a me aterrorizar, “será que a mamãe ainda esta procurando por mim?”. Senti medo e insegurança, mas logo substituí esses pensamentos negativos, por pensamentos positivos e construtivos.
Percebendo que já podíamos  andar, toda vez que a senhora gata saía para procurar comida, ela nos dizia:
 
 “Crianças, fiquem bem quietinhos, não façam barulho e nem saiam, porque vocês são pretinhos e humanos acham que gatos pretos dão azar. Esperem mais alguns dias e sairemos todas as noites, ensinarei vocês a caçar e se defender sozinhos, tenham calma ainda há muito tempo para vocês cumprirem suas missões e não se esqueçam crianças, mamar e dormir, é só o que precisam fazer e você Jade, aquiete esse coraçãozinho, problemas de amanhã, resolveremos amanhã!”

Senti um arrepio, que todos os meus pelos se levantaram. Essa frase me soou muito familiar, era como se eu já tivesse ouvido antes...

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